Há dias que dói. Dói abrir os olhos, ouvir, sentir,
dói quando me tocam, quando sinto luz, dói-me o coração, a alma. É pagar por
estar viva, mas também por não estar morta. Porque, sim, a vida é uma
redundância. Quem a vive, sofre, mas quem opta por deixá-la ser vivida acaba
por necessitar desse sofrimento. Caminhamos pelo mesmo. Não queremos ser
domados pelo destino, mas todos os dias nos entregamos a ele. Sonhamos,
choramos, amamos, traímos, vivemos. Somos humanos, imunes à apatia. Não se
entende, no entanto, há coisas que entendidas doem mais.
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